terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Vício...

To viciado em PSP!!
Que merda!!!! Será que alguém poderia ter me avisado que o aparelho causava dependência?
Tinha que ser igual bula de tarja preta, anuncio de cigarro e bebida.
Coisa impressionante.
Agora entendo porque o Japa da minha sala passa todas as aulas jogando essa desgraça...o negócio vicia.
Por enquanto só tenho um jogo, Medal of Honor, mas já tá sendo suficiente pra eu pirar.
Mato nazista de montão, extravaso toda minha ira nas campanhas dos aliados na Europa. Mas num to conseguindo passar de uma batalha na Holanda.
Tá foda!!
Acho que to precisando namorar...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Outras palavras
Caetano Veloso

Nada dessa cica de palavra triste em mim na boca
Travo, trava mãe e papai, alma buena, dicha louca
Neca desse sono de nunca jamais nem never more
Sim, dizer que sim pra Cilu, pra Dedé, pra Dadi e Dó
Crista do desejo o destino deslinda-se em beleza:
Outras palavras

Tudo seu azul, tudo céu, tudo azul e furta-cor
Tudo meu amor, tudo mel, tudo amor e ouro e sol
Na televisão, na palavra, no átimo, no chão
Quero essa mulher solamente pra mim, mais, muito mais
Rima, pra que faz tanto, mas tudo dor, amor e gozo:
Outras palavras

Nem vem que não tem, vem que tem coração, tamanho trem
Como na palavra, palavra, a palavra estou em mim
E fora de mim
quando você parece que não dá
Você diz que diz em silêncio o que eu não desejo ouvir
Tem me feito muito infeliz mas agora minha filha:
Outras palavras

Quase João, Gil, Ben, muito bem mas barroco como eu
Cérebro, máquina, palavras, sentidos, corações
Hiperestesia, Buarque, voilá, tu sais de cor
Tinjo-me romântico mas sou vadio computador
Só que sofri tanto que grita porém daqui pra a frente:
Outras palavras

Parafins, gatins, alphaluz, sexonhei da guerrapaz
Ouraxé, palávoras, driz, okê, cris, espacial
Projeitinho, imanso, ciumortevida, vivavid
Lambetelho, frúturo, orgasmaravalha-me Logun
Homenina nel paraís de felicidadania:
Outras palavras

Fui demitido...

Nossa, a primeira vez a gente nunca esquece.
Hoje fui demitido do meu cargo de estagiário da Rádio Universitária.
Na verdade estou bem aliviado por ter saído.
Não porque o estágio era ruim. De jeito nenhum.
Equipe bacana, rádio, coisa que nunca curti muito e aprendi com a Magaly Prado a curtir fazer e com a Elisa Marconi a ouvir.
Aliviado porque tenho quase quarenta anos e não posso mais submeter minha consciência a paradoxos e não é mais possível que eu mude minha forma de encarar a vida e as pessoas. Eu e meu chefe iríamos brigar muito feio se eu não saísse e ele é um cara bacana, muito diferente de mim, mas uma pessoa que tem suas próprias convicções e, como eu, não consegue mais mudar.
Para o bem ou para mal foi isso.
Meu chefe teve medo de que eu tratasse mal seus alunos, porque fui ríspido com um colega.
Mas aí ele se enganou feio. Dizer que eu sou boca dura, que não conseguimos formar uma equipe coesa, até pode ser. Mas sou incapaz de tratar alguém mal, só não gosto de "dourar a pílula" e gosto muito de publicidade, no sentido de tornar tudo público, odeio segredos...
Bom, talvez o errado seja eu mesmo, mas fui educado numa casa onde sempre reinou a democracia, onde sempre pude tornar público meu descontentamento com o que quer que fosse, e ainda hoje, acho que é a forma mais digna e honesta de se levar a vida.
Tô fudido, porque agora preciso pagar a facul, mais sem nenhum arrependimento. Faria tudo de novo!
Alguém aí tá precisando de um assistente de produção?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Matou o pavão e foi ao cinema.

Causos...
Tenho uma amiga, que sei lá porque cargas d'água ganhou um pavão de presente.
Como ela é dona de um circo e seria meio difícil ficar levando um pavão para cada cidade onde o circo é montado, ela resolveu deixar o bicho na casa dos pais no Paraná.
O pai dela, um italianão, curtia muito tomar aquela cachacinha de final de tarde.
Certo dia o pavão pareceu morto no jardim.
Foi um alvoroço.
O pavão duro lá no chão, a mãe da minha amiga desesperada sem saber o que aconteceu e como contar pra ela e o pai com cara de paisagem.
Depois de alguma pressão, ele confessou.
Matou o pavão.
Mas como foi isso? Disse a mãe da minha amiga, bravíssima!
A resposta foi surreal.
Ele contou que chegou um dia em casa e viu o pavão estranho.
Achou que estivesse com algum problema e pensou que pudesse ser uma dor de cabeça.
Isso mesmo, pavão com dor de cabeça.
Resultado. Deu um bufferin pro bicho.
Sentença de morte pro pavão.

Trabalho de faculdade tbm é diversão!!

Sempre que posso digo que a melhor idade para se fazer uma faculdade é depois dos 30 anos.
Tudo é melhor.
Claro que o mesmo pique da moçada num dá pra ter...
Mas a gente se diverte muito mais!
Ouçam os "erros de gravação" de um programa de rádio que fizemos pra aula de Produção de Rádio, da Magaly Prado em 2008.
O programa de verdade era um piloto sobre Bossa Nova. Clicando no título vocês ouvem os erros durante a gravação.
Eu era o diretor e ficava dentro da técnica - lugar onde fica o operador de som - mandando nos meninos da locução.

Colaboração de Bê Nakashima

Igual-desigual
Carlos Drummond de Andrade

Eu desconfiava: todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best sellers são iguais.
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais.
Todos os partidos políticos são iguais.
Todas as mulheres que andam na moda são iguais.
Todas as experiências de sexo são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguaise todos, todosos poemas em versos livres são enfadonhamente iguais.
Todas as guerras do mundo são iguais.

Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais iguais iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.
Não é igual a nada.
Todo ser humano é um estranho ímpar.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Carnaval 2009

Ontem foi aniversário da minha prima Luana Schlaepfer - com sobrenome,porque, acreditem ou não, tenho outra prima que se chama Luana - e cheguei muito cedo no lugar onde íamos nos encontrar. Uma pizarria chamada Veridiana que fica na esquina da rua com o mesmo nome com a Rua Major Sertório. Já havia lido no jornal que a Banda Redonda, ex-Bandalha, iria desfilar pelas ruas do centro e decidi dar uma espiada na coisa.
Explico a curiosidade mórbida. Quando era um petiz, meus pais frequentavam o Bar do Redondo, na frente da Igreja da Consolação, na esquina ao lado do Teatro de Arena. Era um bar simples, frequentado por atores, atrizes, escritores, músicos e jornalistas. Ali conheci a figuraça do Plinio Marcos, teatrólogo, ator e mago. Bom, ele, o Plínio Marcos fundou a tal Banda Bandalha nos idos dos anos 1972 que depois veio a se tranformar na Banda Redonda.
No carnaval - meus pais são bem animadinhos pra tudo - eles nos levavam pro desfile da Banda Redonda e era divertidíssimo. Muitos atores, como Toni Ramos, Lolita Rodrigues, Ety Fraser, participaram dessa Banda.
Bom, ontem fui lá, depois de mais de 20 anos.
Resultado, num era mais nada daquilo que me lembrava, a Banda virou point gay. Já explico que não tenho uma gota de preconceito, mas achei estranho. Não vi baixaria ao contrário do que os preconceituosos acham que é festa de gays, pelo contrário, uma gente bem divertida, animada e até umas crianças com os pais.
Gostaria de ter ficado mais tempo, porque quando a Banda começou a tocar as marchinhas já estava na hora de ir comemorar com a Luana. E, tava lá sozinho, achei mais prudente ir embora.